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Astrônomos descobrem planeta parecido com Júpiter
Astrônomos descobriram, a "apenas" 90 anos-luz da Terra, um planeta semelhante a Júpiter na órbita de uma estrela parecida com o Sol.
"Isso é o mais perto que conseguimos chegar de um verdadeiro planeta
do Sistema Solar.
Isso significa um avanço em nossas pesquisas sobre sistemas ainda mais
parecidos com o nosso", disse o chefe da equipe britânica de pesquisadores,
Hugh Jones, da Universidade John Moores, de Liverpool, à agência
de notícias Reuters.
O planeta foi descoberto por astrônomos da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos e da Austrália com a ajuda de um telescópio anglo-australiano de 3,9 metros.
O novo planeta tem o dobro da massa de Júpiter, o maior do nosso sistema solar, e leva seis anos para dar uma volta em torno da estrela HD70642, na constelação de Puppis.
A distância entre o planeta e a estrela é maior do que a de Marte em relação ao Sol, mas menor que a de Júpiter.
"O objetivo de longo prazo da pesquisa é detectar semelhanças reais com o Sistema Solar", afirmou em um comunicado o Conselho de Pesquisa de Astronomia e Partículas Físicas da Grã-Bretanha.
"A descoberta de um planeta gasoso e de grandes proporções, semelhante a Júpiter e orbitando uma estrela próxima, é um passo adiante rumo a esse objetivo".
Segundo o comunicado, a "descoberta de outros planetas e de outros sistemas planetários semelhantes na próxima década ajudará os astrônomos a determinar qual o lugar do Sistema Solar na galáxia e se sistemas planetários como o nosso são comuns ou raros".
Fonte: UOL inovação (03/07/2003)
Vale a pena investigar a hipótese de que os primeiros micróbios chegaram à Terra a bordo de meteoros e asteróides?
Por João Steiner*
Há cerca de dois anos, quando estava em Cambridge, na Inglaterra, fui convidado para jantar com o astrofísico Fred Hoyle, no dia em que ele comemorava 80 anos de idade. Lembrei-me, então, das muitas obras desse cientista legendário e controvertido. Uma das mais famosas idéias propostas por Hoyle ao longo de sua existência foi a chamada hipótese da panspermia, segundo a qual a vida se originou na Terra a partir de "sementes" trazidas do espaço por cometas ou por meteoros. É verdade que entre as estrelas não há vácuo absoluto; existe certa quantidade de gás e de partículas minúsculas de poeira. Assim, uma das versões mais radicais da proposta de Hoyle é que a poeira interestelar seria, de fato, composta de vírus. Invasões ocasionais desses microrganismos, caídos aqui de alguma forma, explicariam até os episódios de gripe no nosso planeta.(imagem)
É mesmo possível que formas primitivas de vida tenham surgido em sistemas planetários de outras estrelas. Mais tarde, durante colisões entre esses mundos e grandes asteróides, fragmentos de rocha teriam espirrado para o espaço, espalhando micróbios pelo Cosmo. Sabemos que episódios como esse podem ocorrer porque alguns meteoritos achados na Terra têm a exata composição geológica de Marte, de onde se conclui que foram expulsos daquele planeta por uma colisão catastrófica com outro corpo. Nas últimas décadas, a panspermia ganhou ainda mais credibilidade com a descoberta de matéria orgânica em meteoritos. Já se detectaram diversas moléculas essenciais à vida, como os hidrocarbonatos e os aminoácidos.
Estudos recentes estão ampliando as possibilidades da panspermia. Alguns deles sugerem que a região central da Via Láctea, por ser muito rica nos elementos químicos vitais, seria o local mais adequado e mais favorável ao surgimento de micróbios primitivos. A partir daí, eles teriam se disseminado para outros pontos da Galáxia. Outra possibilidade é que os micro-ETs tenham se desenvolvido primeiro em aglomerados de estrelas. Mas talvez as pesquisas mais curiosas sejam as observações dos raios infravermelhos vindos de certas estrelas e nuvens de poeira. Ao analisar os dados, tem-se a impressão de que a radiação foi emitida por bactérias de uma variedade muito comum na Terra, a Escherichia coli. Será mera coincidência? Ainda é cedo para dizer. Mas é emocionante pensar que um típico habitante deste planeta também pode existir em mundos de estrelas distantes.
*Professor de Astrofísica do Instituto Astronômico e Geofísico da USP.
Fonte:
Super Interessante® - dezembro de 1999 / Edição nº 147.
Todos os direitos reservados.
(1) - Infográfico - Luiz Iria. www.superinteressante.com.br
As estrelas revelam que o universo tem 14 bilhões de anos
As estrelas apagam-se a um ritmo previsível, segundo os astrônomos.
WASHINGTON - Uma análise de imagens das estrelas mais opacas captadas pelo Telescópio Espacial Hubble confirmou que o universo tem pouco menos de 14 bilhões de anos, de acordo com cientistas da Nasa, a agência espacial norte-americano.
Trata-se de uma estimativa com uma margem de erro de 500 milhões de anos, acrescentaram os especialistas.
Mas, como foi calculada com um método completamente distinto do empregado em análises anteriores, a nova estimativa mostra que os astrônomos estariam no caminho certo.
"É quase como se estivéssemos dizendo que a gente sempre soube que idade o universo tinha, embora sem contar com provas", declarou Bruce Margon, do Instituto Científico do Telescópio Espacial.
"Um dia, a gente abre uma gaveta e lá está a certidão de nascimento; é um verdadeiro triunfo", acrescentou.
Para conseguir essa confirmação, os astrônomos apontaram o telescópio orbital para um grupo de estrelas na constelação de Escorpião, a cerca de sete mil anos-luz da Terra - um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, cerca de 10 bilhões de quilômetros.
Os cientistas acreditam que essas estrelas são as estruturas mais velhas que existem no universo.
Entre desses "ramalhetes" de estrelas há grupos de corpos espaciais queimados, que consumiram todo o combustível nuclear em seus centros e, simplesmente, estão desvanecendo lentamente na escuridão.
"São as estrelas mais tristes que a gente pode imaginar; são apenas cinzas esfriando-se", disse Margon. "São só as brasas de um fogo que se está esfriando gradualmente, a um ritmo previsível".
Esse ritmo de esfriamento previsível é a chave para calcular a idade do universo, segundo Margon e outros astrônomos. Como sabem a que ritmo as estrelas estão esfriando, os cientistas puderam calcular que idades tinham pela quantidade de luz liberada.
Esse número resultou em pouco menos de 13 bilhões de anos. Os astrônomos acrescentaram mais um bilhão de anos, levando em conta o tempo que acreditam ter passado antes que se formassem, e obtiveram a estimada idade do universo.
Anteriormente, cientistas haviam calculado a idade medindo a velocidade de distanciamento das galáxias, umas das outras, enquanto o universo crescia.
Muitos astrônomos acreditam, há muito tempo, que o universo está se expandindo a um ritmo previsível. Mas há desacordo em relação à intensidade desse ritmo.
Em 1997, o Hubble deu uma medida precisa do ritmo de expansão, apontando para uma idade do universo de aproximadamente 15 bilhões de anos.
Esse cálculo complicou-se nos últimos anos, quando o Hubble e astrônomos de outros observatórios descobriram uma força estranha, que chamaram de energia escura, e que estava fazendo com que o universo se expandisse mais rapidamente.
Fonte:
(Com informações da agência Reuters) www.cnn.com.br
- 25 de abril, 2002.
Cientista alemão acha mapa estelar de 32 mil anos!
Por Reinaldo José Lopes
Há exatos 32 mil anos, a humanidade já era capaz de observar com precisão o céu noturno e desenhar constelações, usando as características das estrelas para auxiliar cálculos aqui na Terra. É essa a tese do pesquisador alemão Michael Rappenglück, que diz ter identificado o desenho da constelação de Órion numa pequena escultura do Paleolítico.
Batizada de "o antropóide no céu" por Rappenglück, a figura seria a mais antiga representação das estrelas feita por mãos humanas. Tal "mapa estelar" incluiria ainda, no verso, uma série de marcas que ajudariam uma mulher grávida a determinar quando ela iria dar à luz.
"Conheço essa escultura há muitos anos como um possível exemplo de calendário paleolítico, mas só agora consegui analisá-la de forma mais cuidadosa e fundamentada, o que confirmou a ligação dela com Órion", afirma o pesquisador, que já lecionou na Universidade de Munique e hoje trabalha no Instituto de Estudos Interdisciplinares, que ele criou.
Não é a primeira vez que o pesquisador cria teses polêmicas em seus estudos sobre arqueoastronomia (o ramo da ciência que estuda o surgimento e o desenvolvimento da astronomia entre os povos primitivos). Em 2000, ele anunciou ter identificado três estrelas da constelação das Plêiades no famoso mural pré-histórico da caverna francesa de Lascaux. "Os desenhos lá mostram que já havia sido criada uma espécie de cosmografia que, a seu modo, era bastante complexa", afirma.
Agora, Rappenglück se debruçou sobre uma tábua feita com osso de mamute, encontrada em 1979 numa caverna perto de Blaubeuren, na Alemanha. O trabalho, um baixo-relevo de apenas 3,8 cm de comprimento, representa uma figura humana numa misteriosa postura de adoração ou súplica, e com proporções corporais um tanto estranhas.
É exatamente essa a pista que, para o pesquisador alemão, identifica o desenho com Órion, também chamado de "o Caçador" em várias culturas européias (graças ao mito grego que deu nome à constelação, no qual o caçador Órion vê a deusa Ártemis nua e é morto por ela, sendo transformado nas estrelas de mesmo nome).
Em primeiro lugar, argumenta Rappenglück, uma das pernas da misteriosa figura é mais curta que a outra, enquanto sua cintura é extremamente fina. Além disso, um curioso prolongamento no lado esquerdo da imagem corresponderia à famosa "espada" que os antigos gregos e romanos achavam estar dependurada nos flancos do caçador. Esses e outros traços menos óbvios do entalhe o identificariam com Órion (a cintura ou cinturão, provavelmente a marca registrada da constelação, é mais conhecida no Brasil pelo nome popular de Três Marias).
Para tentar corroborar a suspeita, o pesquisador usou um programa de computador capaz de "rebobinar" a configuração do céu do hemisfério Norte até sua provável aparência há 32 mil anos. Ao sobrepor a imagem conseguida dessa forma com o entalhe, a semelhança ficou evidente.
Já as pequenas marcas inscritas no lado externo da tábua, em número de 86, poderiam ser um calendário de gravidez, para o pesquisador. É que o número corresponde exatamente aos dias que teriam de ser subtraídos de um ano para chegar ao tempo médio de uma gestação humana.
E também é o número de dias em que Betelgeuse, uma das principais estrelas da constelação, fica visível no céu - como se os povos primitivos vissem uma ligação entre a gestação humana e as estrelas, especula Rappenglück.
Para o pesquisador, o fato de que tanto os povos da Europa paleolítica quanto seus descendentes modernos vejam a mesma imagem no céu sugere que há uma conexão entre os mitos e a visão de mundo desses caçadores pré-históricos e o homem de hoje - sem falar na origem da própria ciência. O estudo foi publicado nas Atas da Sociedade Européia para a Astronomia na Cultura.
Fontes:
Jornal a Folha de S.Paulo - 10/03/2003; Planeta Especial Ufologia nº 08;
www.folhaonline.com.br
Será a Terra um planeta único?
Ultimamente, tem sido muita a preocupação, sobretudo do grande público, com a existência de vida fora da Terra. A ciência não tem, na atualidade, meios para provar ou negar que a matéria viva esteja presente em outra parte do Universo que não em nosso planeta. Nos ultimos tempos, sofisticados modos de observação conseguiram detectar mais de 60 corpos de aparência planetária girando ao redor de algumas estrelas da nossa galáxia.
Como o nosso Sol é uma das 200 bilhões de estrelas do nosso sistema
galáctico, não faz nenhum sentido, dentro das leis da probabilidade,
crer que se ele possua um sistema planetário em que a vida tenha surgido.
Nosso astro central e seu sistema possuem, entretanto, algumas particularidades que os fazem mais susceptiveis de abrigar um planeta como a nossa Terra, onde a vida se faz presente em todas as formas. Certas fatores combinados ao acaso parecem ter contribuído para que nós estejamos aqui.
O cientista australiano David A. Seargent publicou, em uma célebre revista norte-americana uma série desses fatores, com os quais estamos inteiramente de acordo, podendo ainda acrescentar alguns que fazem com que nosso planeta ocupe uma posição toda especial.
A Terra está colocada a uma distância do nosso Sol que permite condições compativeis com a retenção de uma atmosfera apropriada e uma temperatura condizente com a presença em estado liquido da água. Poder-se-a argumentar que isto não é fator eliminatório, pois a distância da zona habitável á estrela central varia de acordo com a massa e a irradiação do que é o seu sol.
Outra série de fatores, porém, entra em jogo. Nosso Sol está a aproximadamente 27 mil anos-luz do centro galáctico. Caso estivesse colocado mais próximo do referido centro, ele estaria sujeito a sofrer consequências das violentas explosões que ainda ocorrem na região nuclear da galáxia, onde existe um corpo único não estelar ainda ativo, e que, há alguns bilhões de anos, muito provavelmente foi o responsável pela existência da própria galáxia e de tudo que nela existe.
A massa da nossa Lua é grande o suficiente para estabelecer a constância da inclinação do eixo terrestre, que provoca as nossas estações, como também as marés oceânicas, responsáveis, talvez, pela velocidade orbital da Terra em torno do seu eixo, fazendo com que haja períodos de dia e noite, exceto nas regiões polares. O forte campo magnético do nosso planeta nos protege dos raios cósmicos, letais para os seres vivos.
Os planetas do nosso Sistema Solar, inclusive a Terra, têm órbitas quase circulares. Caso o nosso planeta tivesse uma órbita muito excêntrica, como a dos cometas, as grandes desigualdades de temperatura impediriam a eclosão de qualquer tipo de vida.
Nossos planetas exteriores gigantes, sobretudo Júpiter, nos servem de escudo impedindo que grande número de cometas se choquem com a Terra. Por outro lado, se esses planetas gigantes estivessem muito próximos de nós, eles afetariam, de maneira fatal, a órbita terrestre, tomando nosso planeta inabitável.
Uma circunstância de que talvez poucos tenham conhecimento é que nosso Sol gira em tomo do centro galáctico em 250 milhões de anos. Essa órbita é, também, quase circular, livrando-nos das regiões internas do referido centro, onde, além das intensas radiações desse desconhecido corpo não-estelar, há uma região densamente povoada de estrelas, que perturbariam facilmente a órbita de nossos planetas, inclusive a da Terra.
Nebulosa do Caranguejo.Fontes: Jornal Hoje em dia, 28.05.2000 - Belo Horizonte, MG.
Por Vicente Ferreira de Assis neto, diretor do observatório do Perau
em São Francisco de Paula e Coordenador de cometas do Ceamig. (MG)
Esqueça a escuridão do céu noturno.
A cor do cosmo é turquesa e no futuro ele será vermelho
Do Big Bang há 12 bilhões de anos (à esq.), passando pela formação das primeiras galáxias (centro) até o cosmo de hoje (dir.), a cor do universo vem mudando
Peter Moon
É uma das notícias científicas mais insólitas dos últimos anos. Astrônomos americanos estudaram a luz de 200 mil galáxias e chegaram a conclusão de que o universo tem cor e não é o negro do céu noturno. O universo é turquesa. O anúncio foi feito em 11 de janeiro na reunião anual da Sociedade Astronômica Americana. Segundo Ivan Baldry e Karl Glazebrook, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, se fosse possível a um observador deslocar-se do cosmo e reunir toda a luz produzida por todas as suas estrelas para passá-la através de um prisma e produzir um arco-íris, este feixe de todas as luzes seria de um pálido turquesa. "Ainda não passamos em nenhuma loja de tintas para saber se eles têm um nome para essa cor", brinca Baldry. A princípio a descoberta surpreende, pois não existem estrelas verdes, pondera Glazebrook. Mas, segundo ele, a cor reflete a preponderância da maioria das estrelas que existem hoje: velhas vermelhas e jovens azuis. A combinação das duas cores, como se sabe, é o verde.
Coloração universal foi do azul logo após
o Big Bang (à dir.)
ao turquesa atual
Mas se a cor do universo é atualmente um turquesa desbotado, ela nem sempre foi assim. Há 12 bilhões de anos, logo após o Big Bang, a explosão primordial que criou toda a matéria e energia, o universo passou por uma "fase azul", quando era povoado exclusivamente por estrelas jovens e azuis. Ao longo de 12 bilhões de anos, à medida que o ritmo da criação de estrelas foi caindo e o total de gigantes vermelhas foi crescendo, a cor do cosmo foi tendendo para o verde. Num futuro distante, eventualmente o universo experimentará uma fase vermelha, quando a maioria de suas estrelas for de gigantes vermelhas. Trilhões de anos mais além, a "fase vermelha" dará lugar finalmente a uma "fase negra". Isso ocorrerá quando toda o hidrogênio produzido pelo Big Bang e que serve de combustível para as fornalhas estelares tiver sido consumido. Quando isso ocorrer, as estrelas se apagarão e o cosmo mergulhará na escuridão. O infinito é negro.
Fonte:
Istoé Digital - 24 de janeiro de 2002. www.istoedigital.com.br
Fotos do nosso universo, capitados pela Agência Espacial Européia (ESA) responsável por dezenas de atuações na área da astronomia; mostrando a magnitude e soberania do espaço, como essa imagem obtida pelo telescópio HUBLLE.
Fonte: Agência Espacial Européia(ESA) http://sci.esa.int/iso
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